sexta-feira, 3 de junho de 2011

Adoções: Uma conversa franca!

 Por que os negros também não adotam crianças negras?

Por Klauber Cristofen Pires

Leiam quaisquer notícias ou reportagens sobre adoções que encontrarem; revistem todos os links que o Google dispuser e prestem atenção a todas as matérias televisivas sobre o tema, e me digam se uma ênfase não se levanta de todas elas, isto é, a de que há mais casais interessados em adotar do que crianças disponíveis para adoção, mas o "problema" é que há uma preferência por crianças brancas, especialmente por meninas de até 3 anos e saudáveis. 

Comprendida bem a queixa dos que se posicionam desta forma, conclui-se que a culpa pelo insucesso na adoção das crianças que não se enquadram neste perfil resta aos casais brancos, pela alegação de racismo que se atribui a eles. Pois bem, isto merece algumas reflexões bem sérias...

Não ouso indignar-me contra casais brancos que se negam a adotar crianças de pele escura justamente pelo fato de que eu mesmo não tenho sob meu teto nenhuma criança adotada, branca ou negra que seja, e aqui sou muito honesto em dizer que isto dificilmente acontecerá. É uma coisa de perfil pessoal, de foro íntimo, enfim, é uma verdadeira vocação. Não obstante, há muitas pessoas que, independentemente de sua raça, têm facilidade para se dar aos outros justamente desta forma, adotando ou criando crianças. Lembremos daquela família de Joinville, em Santa Catarina, que possui algo como uma centena de filhos, todos registrados!

No meu caso pessoal, sinto que falta-me esta disposição, embora valha-me outra, qual seja, a de dedicar-me a escrever em defesa do que entendo ser o bom, o correto e o justo. Por isto mesmo, tal condição não me retira a permissão para constatar certas injustiças como esta que, tratando realmente de campanha ideológica de repreensão sistemática contra cidadãos brancos, traveste-se como inocente rogativa em prol de crianças necessitadas.

Como tenho dito em outros artigos anteriores, uma das coisas que mais admirei no povo nortista foi a de que há um número considerável de adoções, e aqui refiro-me tanto às formais quanto às informais e dentre estas últimas, até mesmo a relacionamentos passageiros de apoio e de hospedagem. Com efeito, nesta vasta área ainda tão pouco conhecida do restante dos brasileiros, amiúde encontramos pessoas que têm parentes adotados ou conhecidos em tal situação. Preocupa-me, no entanto, que tanta interferência estatal e tanta campanha anticristã ponha em risco de extinção este fenômeno, mas isto é outro assunto...

A minha própria sogra, de pele branca, é um exemplo, e quê! Idosa, viúva e pensionista do INSS, adotou uma menina - negra - e, malgrado tantos políticos com suas fórmulas mirabolantes sobre educação, fez dela a única doutora entre os de sua comunidade de origem. A filha biológica primogênita dela, por sua vez, além de igualmente ter adotado uma menina - também adotou informalmente um garoto que fugiu de casa de tanto apanhar do pai e ainda por cima tem dado apoio a várias moças  - também de pele escura  - da mesma comunidade que a da minha cunhada adotiva, tendo-lhes oferecido o seu lar, alimentos, e até mesmo confeccionando os enxovais dos seus filhos enquanto estavam grávidas.

Coloco em evidência aqui alguns fatos de ordem pessoal apenas para exemplificar o que qualquer pessoa pode constatar empiricamente por amostragem: Se é fato que há casais brancos que recusam adotar crianças de pele escura, também é fato que no cômputo geral, também há mais casais brancos adotando crianças negras do que casais negros adotando crianças brancas, e olhem lá, vou arriscar: se não for o caso de dizer que justamente há mais casais brancos adotando crianças de pele escura do que casais de pele escura adotando crianças de pele escura!

Vamos ao fato incontestável: hoje em dia, há milhares - ou milhões - de casais de pele escura que têm condições sócio-econômicas de adotar uma criança de pele escura. Então, por que não o fazem?

Agora prestem atenção a esta matéria que colhi na Internet, veiculada pelo Uol/Folha de São Paulo, de 13 de outubro de 2001 e vejam o que respondem alguns cretinos representantes de movimentos negros à argumentação proferida por dois corajosos senhores, Paulo Sérgio dos Santos e Roberto da Silva, que ousaram propor o mesmo que faço aqui nestas linhas: 


Paulo Sérgio dos Santos, 41, presidente do Angaad (Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção), acredita que a marginalização não deveria ser considerada pelos negros como um obstáculo à adoção.

"Se a comunidade negra buscasse fortalecer a proposta e a levasse adiante, muitos problemas poderiam ser minimizados", diz ele, que é filho adotivo.

Roberto da Silva, 42, pedagogo e autor do livro "Filhos do Governo", sobre internos da Febem, concorda e afirma que o principal na adoção das crianças é a disponibilidade de afeto e não de dinheiro. Segundo ele, os movimentos negros deveriam se unir em torno da questão da adoção.

"Se os negros querem espaço na universidade e no mercado de trabalho, por que não tratar questões como adoção e abandono infantil na perspectiva de uma questão étnica?", pergunta Silva.

Representantes de movimentos negros discordam. Para Sueli Carneiro, 51, presidente da ONG Geledés - Instituto da Mulher Negra, os negros têm a adoção incorporada em sua estrutura familiar de uma maneira informal.

Ela cita as famílias negras às quais se agregam frequentemente crianças de outras famílias. "A família burguesa nuclear ainda é um modelo distante da maioria da nossa população", diz Sueli.

Ivanir dos Santos, 47, que se considera "afrodescendente" e é presidente do Ceap (Centro de Articulação de Populações Marginalizadas), concorda com Sueli. Para ele, as adoções informais são muito comuns não só entre as comunidades negras, mas também em outras camadas mais pobres da sociedade brasileira.

Ivanir acredita que, nos casos de adoção formal, existe preferência por crianças brancas e que isso serve para desmistificar a democracia racial do Brasil.

"Se o dado de raça e cor não fosse importante, as pessoas adotariam crianças negras, pois são as que mais precisam de ajuda", afirma o presidente do Ceap.

Percebam que, quando confrontados com o dever, com o ônus e com a responsabilidade, a saída pela porta do cinismo e da malícia é a primeira coisa que fazem. Então, o que interessa são só os bônus na forma de cotas em universidades e empregos públicos, ou expropriar terras produtivas dos outros? Então é assim, na hora do ônus, o movimento negrista vem e diz: "- olha, branco, toma que o filho é teu, senão você é um maldito racista?"

Tentemos compreender bem a fala da Sra Sueli Carneiro: se entre a comunidade negra há adoções informais sob um modelo diferente da repudiável família nuclear burguesa (faltou ela dizer "branca", e/ou "cristã"?), então ela possivelmente está a afirmar que vige como costume no Brasil uma espécie de composição social tribal ou coletiva. Quanto a este ponto, eu perguntaria: como, de fato, estas crianças são criadas? Comendo aqui e dormindo ali, como os gatos? Há quem lhes acompanhe nos deveres escolares? Há quem  lhes dê a bronca diária para acordar, arrumar a cama e ir à escola, ou para escovar os dentes antes de dormir, ou para que não deixem a toalha molhada jogada em qualquer canto? Eu gostaria te ter tido a oportunidade de perguntar a esta rancorosa militante negrista se um dia ela já perguntou a uma criança órfa se ela não está doidinha pelo teto e carinho de uma destas famílias nucleares burguesas, brancas ou negras...

Ora, quanta mentira deslavada! É claro que há adoções informais, mas se elas existem, o que fazem as crianças de pele escura nos orfanatos? Por que elas também não foram "informalmente" adotadas pelas suas respectivas "comunidades"? 

Percebam como o Ivanir dos Santos usou de pérfido jogo de palavras para legitimar o segregacionismo racial que parte de si de da ideologia que envolve o seu movimento: para ele, se uma parcela de brancos decide por quaisquer motivos não adotar crianças de pele escura, então o mito da democracia racial está desfeito, e por culpa dos brancos, claro! Eu perguntaria a ele se ele já adotou uma criança branca ou se conhece alguma família de pele escura que tenha adotado alguma criança branca. 

De minha própria parte, eu compreendo que o termo "democracia racial" é até impróprio mesmo, haja vista que nasceu também de uma ideologia racialista. Prefiro dizer que haja uma confraternização entre raças, protagonizada por indivíduos que, não obstante tenham ou não se casado com outros de raças diferentes, ou que tenham ou não adotado crianças de raças diferentes, convivem harmonicamente entre si, sem segregacionismos institucionalizados, em paz e sob a vigência de uma lei equânime.

No Brasil de hoje, não há um único lugar onde um negro não possa entrar, seja público ou privado, mas há diversos locais, instituições e estabelecimentos onde brancos são formalmente impedidos de entrar ou informalmente desconvidados a participar. Os movimentos ideologizados negristas alegam que fazem isto para defender a própria cultura de origem, mas negam o mesmo direito aos casais brancos que recusam crianças de pele escura. Bonito, não?

Um última observação: usei aqui o termo "pele escura", para referir-me englobando neste conceito os negros de origem africana, os índios e os mestiços em geral. Igualmente, em relação aos "brancos", considerem-se também os mestiços de pele morena clara e os orientais.
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Um comentário:

  1. Amigo, a culpa é sempre dos brancos. Não interessa tu argumentar, mesmo se falar que nos negros somos comodistas, invejosos. Negro não adota, eu mesmo nunca vi um casal negro adotar crianças, não vi, já brancos vejo muito, e não só adotam brancos, há muitos negros adotados. Se os casais negros adotassem teriamos sim uma diminuição do número. A ÚNICA COISA QUE VEJO É NEGRO ABANDONANDO NEGRA, OS NEGROS SÓ QUEREM FAZER FILHOS, NÃO QUEREM CUIDAR, ABANDONAM A MULHER. SOMOS MACHISTAS E EGOISTAS. MAS É MELHOR DEIXAR A CULPA NOS BRANCOS, ASSIM NÃO NOS ENXERGAM.

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