sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Não resisti

Se há duas coisas que dificilmente despertam a minha atenção para os meus escritos, são os escândalos de corrupção e as intrigas palacianas. Desta feita, no entanto, não resisti...

Por Klauber Cristofen Pires


Não desmereço o trabalho dos jornalistas que se empenham em campo para desvendar os casos de corrupção e trazê-los para o conhecimento do público. Ocorre que, para o fim a que me dedico, um caso de de desvio de verbas públicas não traz mais consigo o status de escândalo, e sim o de mero efeito do rumo que o país está seguindo. A fórmula é simples: quanto mais socialista um país, mais corrupto ele será. Simples assim. 

O socialismo é inerentemente atrativo para a corrupção porque sua característica interventiva passa a proibir e obrigar cada vez mais as condutas dos cidadãos, assim confinando-os em uma cerca cada vez menor de livres escolhas. A certa altura, o próprio institnto de sobrevivência obriga as pessoas a pular esta cerca, justamente da mesma forma como os judeus dos guetos faziam em busca de um pedaço de pão. É literalmente o que acontece diariamente em Cuba, onde todos roubam alguma coisa à vista de todos, como ferramentas, alimentos, gasolina ou remédios, em um fenômeno coletivo de cúmplice consentimento tácito.   Como já dizia Cícero há dois mil ano: corruptissima in republica plurimae legis ("corruptíssimo é o estado onde abundam as leis").

Já quantos às fofocas da política, arre, que tédio, que vidinha! Como apregoa o dito que ao que parece, pertence a Dick Corrigan, sobre cuja pessoa peço perdão por desconhecê-la, "mentes brilhantes falam sobre idéias, as medianas sobre coisas e as pequenas sobre pessoas". No fim das contas, são só víboras comendo víboras. Ademais, falando sério, se eu fosse Presidente do Brasil pelo PT faria o mesmo. E vamos em frente que a fila anda...

A história de Nelson Jobim, bem zipada, emula a da ex-secretária da Receita Federal, Lina Vieira: ambos entraram no governo para fazer as coisas erradas (e fizeram) e saíram por falar as coisas certas e por bater de frente com a Cuca. 

Porém, o mais bizarro de todo este imbróglio foi a nomeação de Celso Amorim. Eu ainda não sei se Lula, ops, Dilma, o despachou para a África para livrar-se dele, assim como Fidel fez com Che, ou se, em reconhecimento pelos seus prestimosos sucessos à frente da política internacional brasileira o colocou lá assim como o general cubano Ramiro Valdéz foi enviado para governar a Venezuela pelo mesmo sanguinário ditador, isto é, para "apetelhar" de vez nossas Forças Armadas. 

O que me parece é que Celso Amorim só sai de lá morto (politicamente, claro). Quem ouviu a centúria do jornalista Alexandro Garcia, do programa Bom Dia Brasil de hoje (dia 05/08/2011), "Uniforme de Jobim não vai servir para Amorim" deve ter entendido bem.

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