segunda-feira, 19 de março de 2012

A outra face do paternalismo socialista



Drama: Idoso se enfia debaixo de sua Kombi para autoridades não a levarem
Por Klauber Cristofen Pires

Hoje pela manhã, dia 19/03/2012, assisti ao telenoticiário local sobre um homem – um idoso – que se enfiou por debaixo de sua Kombi com o malogrado propósito de tentar impedir que a CTBel – Companhia de Transportes do Município de Belém a levasse apreendida.
O pobre homem lutava para defender seu meio de sustento – atuava como fornecedor de transporte coletivo alternativo.
Está aí, meus caros leitores, a face amarga e cruel do socialismo, que no Brasil adota a forma do nazi-fascismo. Claro, vou explicar: o comunismo puro é aquele em que o governo assume-se como dono de tudo, enquanto que no nazismo e no fascismo, praticamente idênticos, o governo deixa o título de propriedade com os donos, mas em compensação, regula toda a vida econômica, social e até mesmo a individual nos mínimos detalhes, escolhendo quem pode e quem não pode produzir e trabalhar, e quem está dentro da lei e fora dela, e tudo isto pode mudar da noite para o dia e vice-versa. No fim das contas, um proprietário é alguém que tem um papel na mão chamado “título de propriedade”. Só isto.
Não pode haver uma mensagem mais clara a ser enviada justamente às pessoas mais pobres. Vejam: no sistema socialista em que vivemos, o governo impôs tantos encargos sobre os salários e tantas obrigações e responsabilidades sobre os empregadores que simplesmente torna impossível a alguém se sujeitar a dar emprego para as pessoas idosas.
Eu já vi um caso assim, que foi de doer o coração: foi o caso de um senhor que apesar de idoso, era um habilidoso jardineiro. Ele não pedia nada, e muito menos queria roubar algo de alguém. Queria só trabalhar! No entanto, todos os possíveis empregadores, olhem lá, mesmo precisando contratar, não o chamavam, porque está certo pela lei que iriam se tornar responsáveis por aquele pessoa.
Hoje, no entanto, testemunhei algo muito pior, pois o velho nem sequer pedia emprego, mas estava tentando se sustentar com a sua “própria propriedade”. Não, não é um pleonasmo! Não mais, dados os dias atuais...
Para seu infortúnio, nem isto ele podia, porque o governo ilegitimamente outorga “concessões” de uso de linhas monopolisticamente a um grupo seleto de empresários de ônibus coletivos.
E a mídia “ovelha”, o que diz? Mééééééééééé! Sem piedade faz uso dos argumentos mais exdrúxulos, como o que as “vans” são irregulares porque andam em mau estado, com excesso de lotação e despreparo dos motoristas. Ora, muitas vans são assim mesmo, mas não é isto o que as torna irregulares, senão a marginalização de que são feitas vítimas pelo estado. Em Belém, muitos ônibus regulares possuem os mesmos problemas.
Concordo que qualquer veículo - particular ou de transporte de aluguel ou coletivo - tenha de estar em condições mínimas para trafegar, objetivamente verificáveis, para segurança de todos, porém, isto é muito diferente de usar a segurança como argumento a priori para proibir as vans de funcionar.
As vans prestam um importante serviço justamente à população mais pobre, pois levam as pessoas até as ruelas que os ônibus de linha não se dispõem a deixá-las ou não podem lá trafegar pelo seu tamanho.
Minha empregada doméstica prefere a van por motivo mesmo de conforto, mas também de segurança, já que a van a espera à porta de sua casa, enquanto que para tomar o ônibus regular ela precisa se dirigir a uma erma e escura parada. Além disso, as vans aceitam levar cargas como compras de supermercado e mercadorias de feirantes, o que os ônibus não aceitam.
O escritor pró-vida Julio Severo escreveu um tos artigos mais contundentes que já li em minha vida: “A Marca da Besta”. Neste texto, ele nos traz a advertência bíblica da opressão do estado que vai complicando as relações simples, espontâneas e benéficas entre as pessoas com proibições e obrigações cada vez mais exigentes, até o ponto em que alguém só pode comerciar ou exercer um ofício se possui a autorização oficial – a marca da besta!
Em uma sociedade livre, qualquer pessoa que tenha a devida habilitação para dirigir e possuir um veículo em boas condições de tráfego possui o legítimo direito de usá-lo como quiser, sem que para isto dependa de um ato de concessão ou permissão pelo estado, com a finalidade de prover seu próprio sustento, seja para usá-lo como van, como táxi ou como veículo de frete, ou mesmo como carrinho-lanchonete.
Sempre que vocês, leitores, se depararem com pessoas simpáticas às ideias socialistas, alegando pensarem nos mais pobres, mostrem-nas casos como este, para que elas tenham conhecimento de que a esmola que o governo dá aos pobres é sempre muito menos em valor e em dignidade do que o que eles ganhariam por conta própria se fossem livres para buscar o sustento por meio do trabalho e da exploração de suas propriedades.


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