domingo, 22 de maio de 2016

Lição dolorosa e de custo insuportável


Por Armando Soares


                Experimentar é sofrer e suportar. O povo brasileiro experimentou durante os últimos quatorzes anos comunismo, socialismo, esperteza, corrupção, bandidagem, politicagem, cinismo, depravação, ou seja, tudo o que não presta vindo através de indivíduos desequilibrados e insensatos.



                Lula preparou um discurso na sua posse em 2003 que anunciava com muita clareza sua intenção de governar o País na direção do comunismo. Esse pessoal da esquerda raivosa e guerrilheira estava hibernado desde a tomada do poder pelos militares e se preparou durante anos para tomar o poder aproveitando-se da incultura do povo, de uma estrutura política viciada e da indefinição do modelo econômico sempre oscilante devido à ação de intelectuais “caviar” de esquerda que sempre conclamaram o socialismo/comunismo como o melhor regime político para tornar o Brasil uma grande potência. Pouco adiantou que as experiências socialista/comunistas deixassem metade ou mais do mundo em falência tendo como característica o maior genocídio em todos os tempos da história. Como o Brasil não se desenvolvia na velocidade necessária para acompanhar o crescimento populacional, grande parte desse crescimento populacional se acomodou numa faixa de pobreza perigosa, uma estopim pronto a pegar fogo dependendo da oportunidade de aparecer um incendiário no momento certo. No Brasil nunca se implantou verdadeiramente um regime capitalista, de economia de mercado dinâmica, seja por falta de convicção, seja por incompetência, seja por ter uma esquerda nociva sempre roendo as bases econômicas impedindo a plena adoção do capitalismo. De tanto namorar o comunismo/socialismo o povo brasileiro teve a oportunidade de conviver com esse modelo político devastador da economia, da liberdade, da ética, da moral, da família, da educação, e sob o comando de um pessoal totalmente desqualificado, o que explica o estado falimentar das instituições, da economia, e da esperança de se poder alcançar num curto e médio prazo uma qualidade de vida compatível com os benefícios do progresso civilizatório do qual são exemplos os EUA, a Europa, o Japão, e muitos outros países.

 No discurso de posse de Lula estão contidos os fundamentos para implantação do comunismo tais como o coletivismo, o desrespeito à lei e outros, mas Lula, de propósito, misturou comunismo com questões de interesse nacional e se mostrou um fenômeno premonitório. O discurso que ele preparou, em muitas partes, serve para ser usado neste momento para tirar o Brasil do fundo do poço, para reparar o estrago produzido pela incompetência, pela corrupção e outros males. Ele se refere que a sua subida ao poder iria dar margem a uma grande mudança com apoio da grande votação que teve, o que podia ser traduzido como uma grande mensagem e, um cheque em branco para a busca de novos caminhos, uma oportunidade para abandonar um modelo esgotado que em vez de gerar crescimento, produziu estagnação, desemprego e fome; de trocar o individualismo pelo coletivismo; de acabar com o egoísmo, a indiferença perante o próximo; de reconstruir o núcleo familiar e as comunidades; defendia a soberania nacional ameaçada; prometeu fortalecer a segurança pública; a exigir o respeito ao mais velho e transmitir esperança aos mais jovens; prometeu combater a impunidade; a corrupção; a sonegação; o desperdício para evitar a evasão de recursos. Registrou no discurso que ser honesto é mais do que apenas não roubar e não deixar roubar é, também, aplicar com eficiência e transparência os recursos públicos. Esse em resumo o principal do discurso de Lula em sua posse. De tudo o que foi escrito e prometido só ficou registrado nas duas gestões petistas a crise econômica, a crise moral e ética, o desemprego, o desrespeito à lei incentivando e financiando a invasão de propriedades urbanas e rurais, a maior corrupção praticada no Brasil em todos os tempos. Aquilo que Lula chamou de “mudança”, não foi mudança foi assalto e destruição.

A Sociedade fez a sua parte junto com o Juiz Moro, o grande responsável por interromper a marcha da decomposição do país. Agora a missão cabe ao novo governo de desinfetar o Estado levantando a bandeira da moralidade, da ética e da competência condição sine qua non para propiciar um ambiente sadio para a iniciativa privada e uma vida menos apertada para o povo.  

                A respeito do comunismo necessário se faz enriquecer o conhecimento desse modelo político sanguinolento, além do que apreendeu o brasileiro nesses anos com o PT, com exemplos educativos. O escritor Mario Vargas Llosa recentemente fez em São Paulo ampla defesa do liberalismo afirmando que “é a corrente ideológica mais civilizada e a única que pode permitir a coexistência de pessoas, religiões e comportamento diferentes e de construir economias mais prósperas.” Sobre o Brasil opinou e entende que está ocorrendo um movimento popular que quer purificar a democracia livra-la da corrupção e é muito saudável. É um movimento que está exigindo que os eleitos governem de forma limpa, um movimento que pode levar o Brasil a decolar ao progresso e à Justiça social.

                Comunismo também lembra Margaret Thatcher, uma grande mulher, grande política e grande administradora que conseguiu tirar a Inglaterra do buraco assistencialista. Durante o seu governo conseguiu reduzir a inflação e melhorar a cotação da libra esterlina, o que aumentou as importações, visto que o setor nacional (sem intervenções para depreciar o câmbio - tornando produtos estrangeiros artificialmente mais caros) perdera a falsa competitividade que aparentava ter devido ao protecionismo econômico. Disto resultou uma diminuição da produção industrial inglesa, com o consequente incremento do desemprego triplicada desde a subida de Thatcher ao poder. Proliferaram também as quebras de empresas e bancos. A economia britânica passou por um desagradável - mas importante - momento de reorganização: houve quebra de empreendimentos que se mantinham devido a privilégios do governo - direta (através de subsídios, tarifas de importação ou reservas de mercado) ou indiretamente (através de, por exemplo, depreciação cambial para agraciar os setores exportador e nacional). Elaborou um programa rigoroso para inverter a crise da economia britânica mediante a redução da intervenção estatal e a implementação de um programa de privatização. Os principais postulados foram o neoliberalismo e o monetarismo estritos. Também reduziu os serviços sociais e, reduzindo o poder dos Conselhos de Salários (Wage Councils), praticamente aboliu o salário mínimo - que seu governo via como um estorvo às prerrogativas de administração. Estudou a renegociação para a participação do Reino Unido na CEE e para a abolição do poder sindical. Nunca me canso de reverenciar essa grande mulher britânica, exemplo de austeridade, de competência e de espírito público.


                De diversos autores: Socialismo foi o sistema que realmente foi colocado em prática.  Comunismo pleno nunca existiu e não passa de uma utopia cujo funcionamento jamais foi explicitado em trechos maiores do que um parágrafo. Sem uma economia monetária — ou seja, sem uma economia em que os cálculos de lucros e prejuízos são possibilitados pelo dinheiro — é impossível haver uma ampla divisão do trabalho. E sem um livre mercado para todos os bens, mais especificamente para bens de capital, é impossível haver um planejamento econômico racional. A propriedade comunal dos meios de produção (por exemplo, das fábricas) impede a existência de mercados para bens de capital (por exemplo, máquinas).  Se não há propriedade privada sobre os meios de produção, não há um genuíno mercado entre eles.  Se não há um mercado entre eles, é impossível haver a formação de preços legítimos.  Se não há preços, é impossível fazer qualquer cálculo de preços.  E sem esse cálculo de preços, é impossível haver qualquer racionalidade econômica — o que significa que uma economia planejada é, paradoxalmente, impossível de ser planejada. Sem preços, não há cálculo de lucros e prejuízos, e consequentemente não há como direcionar o uso de bens da capital para atender às mais urgentes demandas dos consumidores da maneira menos dispendiosa possível. Em contraste, a propriedade privada sobre o capital em conjunto com a liberdade de trocas resulta na formação de preços (bem como salários e juros), os quais permitem que o capital seja direcionado para as aplicações mais urgentes.  Ao mesmo tempo, o julgamento empreendedorial tem de lidar constantemente com as contínuas mudanças nos desejos dos consumidores. O arranjo socialista simplesmente impede que esse mecanismo ocorra.  Foi por isso que Mises argumentou ainda em 1920, que qualquer passo rumo ao socialismo é um passo rumo à irracionalidade econômica. E foi a isso que Heilbroner se referiu quando ele disse que "Mises estava certo".

                Um país se torna grande com o trabalho de seu povo e não com artimanhas e “jeitinho brasileiro”. Quem quiser ver o Brasil grande tem que trabalhar e sempre colocar no governo um grande trabalhador com visão de estadista capaz de transformar a Amazônia e outras regiões em regiões desenvolvidas e não em templos ecológicos que alimentam a alma de sonhadores utópicos, presas fáceis nas mãos do governo mundial.

Armando Soares – economista

e-mail: armandoteixeirasoares@gmail.com

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